O fundo do poço está longe
O fundo do poço está longe Por Valter Batista de Souza, professor e especialista em Gestão Pública Artigo publicado no Jornal Diário do Litoral em 04/05/2015 Em meio a uma pauta recheada de assuntos, um assalto digno de ser televisionado. Em frente ao Paço Municipal de Guarujá, repórter com microfone na mão, entrevistado discorrendo sobre a epidemia de dengue que acomete a cidade, operador de câmera entretido com o melhor enquadramento de imagens e milhares de pessoas assistindo ao vivo. De repente irrompe um cidadão com arma na mão e anuncia o assalto. Sai a imagem do ar, vida segue. Não, as imagens ganharam o mundo. O nome da cidade novamente denotando violência e insegurança. Onde é o fundo do poço? Não há resposta. Seria um assalto ao vivo, em frente às câmeras de TV? Ou uma cidade que precisa admitir que não dá conta de manter meia dúzia de fontes funcionando em suas praças, por isso decidiu aterrá-las? Seria, ainda, a incapacidade de gerenciar um Pronto Socorro