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Mostrando postagens de abril 13, 2015

Projeto de Lei 4330, o começo do fim

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Por Valter Batista de Souza, professor e especialista em Gestão Pública Algumas definições podem nos ajudar a recolocar as coisas em seus devidos lugares. Lucro é o que sobra no bolso do patrão, depois que ele desconta o que gastou para produzir, inclusive os salários de seus empregados. Direitos trabalhistas, o conjunto de leis que asseguram que a exploração do trabalho pelo patrão vai deixar na mão do trabalhador ao menos um salário e algumas garantias para que possa ter estabilidade se for demitido ou precisar se aposentar, quando não tiver mais como trabalhar. Flexibilização dos direitos trabalhistas é a redução de direitos para que haja aumento dos lucros. Terceirização é uma forma esperta de reduzir custos de produção, barateando os gastos com pessoal para aumentar os lucros. Com a aprovação do Projeto de Lei 4330 pela Câmara dos Deputados, a terceirização passará a ser possível em todos os setores, inclusive no PÚBLICO, além de se tornar legalizada. Quem ganha com isso?

O Império do Consumo

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Por Eduardo Galeano A produção em série, em escala gigantesca, impõe em todo lado as suas pautas obrigatórias de consumo. Esta ditadura da uniformização obrigatória é mais devastadora que qualquer ditadura do partido único: impõe, no mundo inteiro, um modo de vida que reproduz os seres humanos como fotocópias do consumidor exemplar. O sistema fala em nome de todos, dirige a todos as suas ordens imperiosas de consumo, difunde entre todos a febre compradora; mas sem remédio: para quase todos esta aventura começa e termina no écran do televisor. A maioria, que se endivida para ter coisas, termina por ter nada mais que dívidas para pagar dívidas as quais geram novas dívidas, e acaba a consumir fantasias que por vezes materializa delinquindo. Os donos do mundo usam o mundo como se fosse descartável: uma mercadoria de vida efémera, que se esgota como se esgotam, pouco depois de nascer, as imagens disparadas pela metralhadora da televisão e as modas e os ídolos que a publicidade la