CURIOSIDADES DA ÍNDIA

Por que a vaca é sagrada na Índia?



A tradição nasceu com o hinduísmo. Os Vedas, coletânea de textos religiosos de cerca de 1500 a.C., comentam a fertilidade do animal e o associam a várias divindades. Outra escritura hinduísta fundamental, o Manusmriti, compilado por volta do século I a.C., também enfatiza a importância da vaca para o homem. Nos séculos seguintes, foram criadas leis elevando gradualmente o status religioso bovino. No sistema de castas que ainda vigora na sociedade indiana, a vaca é considerada mais "pura" até do que os brâmanes (indivíduos pertencentes à casta mais elevada, dos sacerdotes) - por isso, não pode ser morta nem ferida e tem passe livre para circular pelas ruas sem ser incomodada. O leite do animal, sua urina e até mesmo suas fezes são utilizados em rituais de purificação.
A adoração, no entanto, não é unanimidade entre os hindus e suscita debates inflamados no país. Em seu livro The Myth of Holy Cow ("O Mito da Vaca Sagrada", sem tradução para o português), o historiador indiano Dwijendra Narayan Jha, da Universidade de Délhi, sustenta a tese de que o hábito de comer carne era bastante comum na sociedade hindu primitiva e condena o "fundamentalismo em torno da santificação do animal", imposto pelos principais grupos religiosos da Índia. Estes mesmos grupos, é claro, baniram o livro e recomendaram que os exemplares à venda fossem queimados. Ainda mais depois que o autor confessou o hábito de comer um filé malpassado de vez em quando.
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-a-vaca-e-sagrada-na-india-mundoanimal, acesso em 07/09/2013.

O Terceiro Olho - Bindi, a maquiagem indiana

Bindi é um apetrecho utilizado no centro da testa, próximo às sobrancelhas, na Ásia Meridional. Pode ser uma pequena quantidade de tinta aplicada no local ou uma joia.
O Sagrado Ponto bindi ou (também conhecido como Kumkummangalyatilaksindhoorentre vários outros nomes) é uma maquiagem utilizada na testa pelas mulheres indianas. O termo é derivado da palavra Bindu, que em Sânscrito significa ponto. Normalmente é um ponto vermelho feito com Vermilion (sulfato de mercúrio vermelho brilhante finamente pulverizado). Considerado o símbolo sagrado de Uma ou Parvati, o bindi simboliza a força feminina (shakti) é acredita-se que proteja as mulheres e seus maridos.
No entanto, ainda na India antiga, o Bindi era apenas uma pedra encaixada em um pequeno orifício que deveria existir desde o nascimento, por questões genéticas isso não era muito comum. A fim de também obterem proteção, outras mulheres passaram a pintar e confeccionar seu próprio "terceiro olho". Mas ainda preservavam algumas tradições, como serem casadas, serem hindu e usar somente as formas ortodoxas do bindi. Com a banalização da tradição indiana, muito mais do que um artigo religioso, o bindi passou a ser um item decorativo.
Tradicionalmente um símbolo de casamento (por isso as viúvas não utilizavam), hoje é utilizado por mulheres solteiras e também por mulheres de outras religiões. Atualmente não se restringe mais a cores e formas específicas, os bindis são vistos em várias cores e formatos e são feitos com adesivos e feltros.
Poucos indianos possuem o "encaixe" original (genético) do bindi ainda hoje. Porém, estes são vistos como pré-dispostos com mais intensidade para a clarividência. De forma que o bindi "ajudaria" e/ou daria um "poder" maior a estas pessoas.
Acredita-se ainda que as odaliscas usavam o Bindi porque acreditavam que esse Terceiro Olho ajudaria na sedução.
Fonte:http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bindi_(maquiagem_indiana), acesso em 07/09/2013

Apesar da proibição, castas ainda persistem na Índia

 Apesar de a Constituição indiana ter abolido o sistema de castas há mais de 50 anos, a divisão social baseada nas crenças do hinduísmo ainda persiste na Índia, que tem hoje mais de 2 mil castas e 20 mil subcastas. Determinada no nascimento, as castas se dividem em quatro classes, tomadas a partir da mais "pura" em direção à menos "pura": brâmanes (sacerdotes), kshatriyas (guerreiros), vaishyas (camponeses) e shudras (servos).
Embora a discriminação esteja proibida, o antigo sistema hindu permanece forte e ainda causa violência nas áreas rurais. O governo indiano tentou promover alguns planos para reverter a marginalização sofrida pelos integrantes de castas mais baixas, como criar cotas nas universidades. No entanto, o projeto causou uma onda de protestos no ano passado.
De acordo com Haripriya Narasimhan, especialista em Índia do departamento de Antropologia da London School of Economics, as castas foram determinadas nas escrituras sagradas do hinduísmo, mas é difícil determinar uma data exata de quando o sistema foi adotado. "As castas existem há muito tempo, mas há uns 2 mil anos não tínhamos tantas divisões como temos hoje", afirmou, por e-mail, ao Estado.
A história do hinduísmo conta que as castas foram originadas por meio do sacrifício de uma entidade espiritual chamada Purusha. Da cabeça de Purusha teriam saído os brâmanes; dos braços, os kshatriyas; das pernas, os vaishyas; e dos pés, os shudras.
Além dessas quatro categorias, ainda existem os que estão fora do sistema - conhecidos como párias, dalits ou "intocáveis". Os párias são vistos como impuros por exercerem trabalhos considerados "sujos", como lavar roupa ou recolher o lixo.
Segundo Haripriya, o sistema só se tornou rígido durante o período em que o país ficou sob domínio britânico. "Antes de a Índia ser colônia, a casta era apenas mais uma característica dos indivíduos da sociedade." Ela explica que o significado das castas para a sociedade indiana mudou à medida que o país progrediu.
A sociedade de castas é hierarquizada e os deveres e benefícios concedidos às pessoas variam de acordo com a posição na escala do sistema. Quanto mais baixa a casta, maiores são as restrições de movimento, de alimentação e de estudo dos textos sagrados.
Para exemplificar essa situação, a antropóloga destaca que membros de uma casta superior não podem comer alimentos preparados por integrantes de castas inferiores, que também devem ceder espaço às castas mais altas em lugares públicos.
A maneira mais comum de diferenciar membros de castas diferentes é pelo sobrenome, mas dependendo da região do país outras maneiras de identificação também são possíveis. "Podemos determinar a casta de uma pessoa pelos alimentos consumidos, dialetos falados e vestimentas."
Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,apesar-da-proibicao-castas-ainda-dividem-pais,37245,0.htm, acesso em 07/09/2013.

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